Acordei ás 9:00, bem diferente do horario da rotina da segunda-feira, tomei meu banho, me arrumei e tomei o meu café e esperei o seu pai chegar, ele chegou, tomou café comigo e nos partimos.
O dia estava ensolarado, um lindo dia de Outono, cheguei na recepção, fiz tudo o que a rotina mandava e fomos esperar, naquela sala, as palavras não existiam, mas o meu olhar cruzava com o do seu pai e diziam tantas coisas que realmente não precisava de palavras nenhuma naquele momento... fomos chamados e levados para um quarto, um ambiente limpo e sereno, a recepcionista mandou eu me deitar e enguer a camisa e disse para esperar que a medica já estaria vindo ... aqueles minutos pareceram horas, o Lê olhava pra mim e só conseguia dizer: "tá nervosa?" eu com o coração paupitando muito com se eu tivesse acabado de descer da esteira só fazia com a cabeça que sim... sim, eu estava nervosa, alias aquilo pra mim era muito novo, e eu estava muito ansiosa também. Quando a medica chegou e ligou o aparelhinho e plufti, lá estava você, lá estava nós naquela sala cheia de vida e vida nova ... em nenhum momento eu me atrevi a olhar para o Alexandre, cada um ali viveu a sua emoção, as minhas lagrimas corriam e me enchiam de uma responsabilidade que até então, eu ainda não tinha experimentado, cada tum-tum-tum daquele coração que batia a 160 bpm me dizia "mamãe!" e eu só chorava e te olhava, tão lindo ... meu filho, isso era o mais importante para mim naquele momento, eu pude te ver e vc mexia pra lá e pra cá, dançando felizão por estar aqui e por sentir todo amor dispensado por mim e pelo seu pai, amor que só aumenta meu filho, amor que me amadurece, que me faz crescer ... e vc dançava sim e não acreditem quando dizerem que aquilo era movimentos involuntários, porque eu sei que não era, era a mais linda dança, embalada na mais linda musica, as batidas do seu coração....
Te amo a cada dia mais ....
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